SEGUNDA INFÂNCIA OU 3° ESTAGIO-INICIATIVA/CULPA?
É a fase que se inicia inteligência simbólica e o conhecimento.
Ocorre na idade dos 3 aos 6 anos.
Erikson afirma que
este é o 3° estagio,onde a criança amadurece o locomotor fálico, a criança já deve ter capacidade de distinguir entre o que
pode fazer e o que não pode fazer. Este estágio marca a possibilidade de tomar
iniciativas sem que se adquire o sentimento de culpa: a criança experimenta
diferentes papéis nas brincadeiras em grupo, imita os adultos, têm consciência
de ser “outro” que não “os outros”, de individualidade.Porem Erikson não aprimorou suas pesquisas após isto,mas,
Piaget estudou a teoria e aprimorou a mesma.
A respeito da linguagem,
Piaget declarou que quando os substantivos e adjetivos começam a funcionar
adequadamente dentro do contexto das frases, o indivíduo já domina de forma
adequada as classes e as relações.
Em questões
físicas, a segunda infância permite que os pais observem o crescimento,
pouco a pouco, da criança, porém de forma menos acelerada em comparação à
primeira infância, aumentando de tamanho aos poucos e com o peso gradativamente
elevando-se. O esqueleto de uma criança que está na fase da segunda infância
torna-se mais robusto, fazendo com que sua estrutura torne-se mais resistente,
fazendo com que a segurança aos órgãos internos seja cada vez mais eficaz,
abandonando o corpo frágil de um bebê e iniciando com suas semelhanças à fase
adulta, com alguns aspectos que se tornam mais rígidos para sua proteção.
No período simbólico para Piaget as classes são intuitivas,
ou seja, inacabadas. Um bebê que combinou os esquemas de olhar, pegar, do pêlo
e as garras de um gato, que ouviu o som
“miau”, pode interiorizar estas ações na forma de imagem ou esboço do real.
Porém, quando diz “miau”, ou gato refere-se apenas ao gato (depende do estimulo
dado as crianças por seus responsáveis,referente ao nome infantilizado dos
objetos,que não deve mais ocorrer nesta fase).
Piaget descreveu um
fato que quando foi perguntado a uma criança por que as nuvens se mexem,
ela respondeu, aos 4 anos e 3 meses: “Elas se mexem sozinhas, porque são
vivas”. Aos 4 anos e 10 meses: “A nuvens se mexem porque faz frio. Elas vêm
quando faz frio. Quando há sol, elas não estão aqui. Quando faz frio elas
voltam”.Na criança de 4 anos e meses
ainda há um pensamento infantilizado,porem,aos 4 anos e 10 meses já faz uma
assimilação mais lógica que quando há nuvens esta frio e quando não há esta calor.
Neste exemplo, pode-se notar que os esquemas assimilativos
antigos, produtos de experiências passadas ligadas ao eu – sensação de
movimento e de frio experimentadas pela própria criança -, tendem a assimilar
os elementos atuais sem uma acomodação correspondente a eles. Há uma espécie de
fusão dos esquemas, resultando num pensamento incoerente (egocêntrico).
O egocentrismo
O egocentrismo como visão do mudo a partir da perspectiva
pessoal constitui característica do pensamento simbólico e da linguagem que o
expressa, principalmente nos primeiros anos do período representativo.
Para Piaget, o indivíduo, no seu espírito egocêntrico,
assimila tudo a si ao seu ponto de vista próprio. Ele não toma consciência
clara ao pensamento e não tem sentimento do eu como algo separado do outro.
Portanto, o pensamento e a linguagem estão centrados no eu, mais a serviço das
suas necessidades subjetivas e afetivas, do que da verdade.
O egocentrismo manifesta-se em vários planos: intelectual,
social, lingüístico, moral etc.
Animismo – As impressões interiores do sujeito, como os
sentimentos, os esforços, a consciência da intencionalidade e outras
peculiaridades são projetadas sobre os objetos inertes, movimentos físicos,
animais.
Na faixa dos 5-6 anos, a linguagem
socializada começa a manifestar-se através das ordens, súplicas e ameaças,
críticas e zombarias. Mas essas formas de expressão atendem mais a necessidades
pessoais. As perguntas e respostas, embora permitindo um sistema incipiente de
interação social, também resolvem necessidades mais de ordem afetiva – motivos,
intenções , do que necessidades de trocas intelectuais.
Artigo de
:Gabriela Neris,Gabriela Hoffmeister,Gabriele Ramos e Kauê Souza
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